quarta-feira, 31 de maio de 2006

 

Novidade na blogosfera!
Vanessa Martins estreando com brilho e indo muito Além do Ponto!

"no balançar da carroça as melancias se acomodam"...

segunda-feira, 29 de maio de 2006

 

Celular encontrado na Igreja Batista da Lagoinha


quinta-feira, 25 de maio de 2006

 
"O amor é sede depois de se ter bem bebido."
Saravá, Guimarães Rosa!

 

Salvo pela citação.

É a regra básica para o blogger: quando não há inspiração, recorra a uma citação.
E como disse uma amiga, "quando estamos felizes, a inspiração vai embora de mão dadas com a tristeza", a minha inspiração disse até logo.
Mas ontem escutei uma frase bacana através da Nádia (o melhor sorriso dos pampas):


"Nada revela tanto o caráter de uma pessoa quanto as coisas que a fazem rir..." (Goethe).

Pensei a respeito e completo:

"... e as coisas que a fazem chorar."

Cheguei a conclusão que o sorriso sarcártico está mais relacionado com a tristeza que com a alegria. O sorriso sarcástico é sempre empurrado para o canto dos lábios, não se mostra pleno nunca. Pessoas sarcásticas são tristes e guardam dentro de si a revolta do não ser.
Sorrisos sarcásticos nunca se mostram livres, estão sempre a procura de alvos.

Conheço, também, pessoas que não choram, a não ser por motivos inerentes ao seu "umbiguismo". Não se emocionam com a beleza, nem se incomodam com a injustiça ao próximo. Não choram, não porque são fortes, mas porque são fracos. Tão fracos que culpam as dificuldades vividas, pelo sumiço das lágrimas. Suas lágrimas só são refletidas no espelho, nunca por compadecimento ao próximo.

Eu fico por aqui com amigos que choram e que riem.
Sou mais o riso aberto e a lágrima densa.


quarta-feira, 24 de maio de 2006

 

Os otimistas (direto do Papo de Homem)

Camisinha com tamanho P tem 49mm de diâmetro; as M têm 52 – e as G têm 55. No Brasil, o Ministério da Saúde distribui tamanhos P e M gratuitamente.

Parte do princípio que G não precisa.

Pode até ser – mas
Recife é exceção.

Mas que nenhum dos pernambucanos fique assim tão alvoroçado: só 17% das solicitações são para o tamanho G. E isto aí inclui quem é otimista.

(Bom lembrar, os tamanhos fazem diferença no diâmetro – para o comprimento, basta dar uma enrolada.)


segunda-feira, 22 de maio de 2006

 

"It's your restaurant, but her kitchen. Without her, it's just a pile of metal. It's for her to decide."

 

Vá e não olhe para trás.


Alfredo: Living here day by day, you think it's the center of the world. You believe nothing will ever change. Then you leave: a year, two years. When you come back, everything's changed. The thread's broken. What you came to find isn't there. What was yours is gone. You have to go away for a long time... many years... before you can come back and find your people. The land where you were born. But now, no. It's not possible. Right now you're blinder than I am.
Salvatore: Who said that? Gary Cooper? James Stewart? Henry Fonda? Eh?
Alfredo: No, Toto. Nobody said it. This time it's all me. Life isn't like in the movies. Life... is much harder.

domingo, 14 de maio de 2006

 

Boeuf Bourguignon

Ontem rolou um Boeuf Bourguignon. Ficou bom demais. Devido ao grande número de pedidos e elogios, achei por bem compartilhar a receita com os presentes e ausentes. (Veja abaixo)
Um convidado antecipado quando leu a receita, foi logo perguntando com ares de crítica e estranhamento natural: "-Você vai fazer com MÚSCULO?"
Claro! Comida campestre, rústica, para dar sustança, encher o buxo e espantar o frio! Mal sabia este amigo, que o prato escolhido foi friamente calculado de acordo com o seu perfil. Um cara rústico, "preparado para marmita" (como diz meu pai). O prato foi elaborado para agradar, principalmente este convidado que já havia criticado minha cozinha em outras ocasiões por ser muito sofisticada e "fusion demais". Lógico que não considei essas críticas com desagrado, sabia que era apenas uma incompatibilidade entre o seu perfil e pratos mais elaborados.
Mas dessa vez, sabia que iria agradar!
Ao final da tarde, já empanturrado com o "rango" e com a censura aberta por algumas cecés, este convidado declarou em tom polido: " - Pô velhinho, o rango tava bom demais. Foi o melhor que você já fez!" Estendeu a mão e me cumprimentou com um tapão (derrubando alguns copos como de costume).
Quando cozinho não busco elogios, acho que são resultados espontâneos da apreciação de uma comida feita com respeito e carinho.
Cozinhar é servir, tentar agradar o outro (uma coisa meio altruísta), não tem nada haver com o ego. Pura prática cristã do amor ao próximo. Cozinhar é dividir o pão. É temperar a vida do outro.
Terrível ter que explicar isso, né? Mas já fui chamado de soberbo, acusado de cozinhar para buscar a aprovação alheia... Triste. Para estes críticos, faço o convite para a próxima vez. Venha e sente-se na minha mesa. Você continuará a comer bem, comerá uma comida que faz bem, comida feita com amor. Um dia talvez, você perceberá que o gosto amrgo sentido nas refeições não era do prato degustado, mas de algum ingrediente produzido no seu âmago.

BOEUF BOURGUIGNON
Ingredientes
Carne

1 kg de carne de músculo, coxão mole ou alcatra
30 g de farinha de trigo
30 ml de óleo de milho
1 litro de caldo de carne
1 garrafa de vinho tinto (Bourgogne)
100 g de cenoura em cubos
100 g de cebola em cubos
2 dentes de alho picados
1 bouquet garni
1 colher (sopa) de extrato de tomate
2 colheres (sopa) de salsinha picada
sal e pimenta-do-reino preta
Guarnição bourguignonne

150 g de cebolinhas miúdas
2 colheres (sopa) de açúcar
150 g de bacon em cubos
30 g de manteiga
Modo de fazer
Carne

Limpe a peça de carne, retirando os nervos e a gordura. Corte em cubos de 50 a 60 g cada. Tempere com sal e pimenta-do-reino preta. Coloque o óleo em uma panela grande e leve ao fogo. Quando ferver, doure a carne. Junte a cebola, a cenoura e o alho e refogue mais um pouco. Polvilhe com a farinha e deixe cozinhar em fogo baixo por mais 5 minutos. Acrescente o extrato de tomate, o vinho tinto e o bouquet garni. Cozinhe por mais 10 minutos para retirar a acidez do molho. Adicione o caldo de carne, tampe a panela e deixe cozinhar por 2 horas, em fogo baixo, mexendo de vez em quando. Quando a carne estiver cozida, separe os cubos de carne e o bouquet garni. Passe o molho pela peneira. Leve o molho de volta à panela e junte os cubos de carne.
Guarnição bourguignonne

Descasque as cebolinhas. Coloque-as em uma panela rasa com o açúcar e a manteiga. Cubra com água e deixe cozinhar até que a água se evapore e as cebolinhas fiquem caramelizadas. Reserve. Doure o bacon na manteiga em uma frigideira. Acrescente os cogumelos frescos e refogue por alguns minutos. Junte as cebolinhas e retire do fogo.
Acompanha

Batatas cozidas ou talharim fresco.




 

Va, Vis Et Deviens


Quinta-feira fui assistir Um Heroi do Nosso Tempo. Se você ainda não foi, não perca tempo (já deve estar saindo de cartaz). Uma boa dica para o dia das mães.

Um filme emocionante, tanto pelo roteiro quanto pela direção.
Deixei muitas lágrimas e saí com vários pensamentos que não me abandonaram até hoje.

Como eu queria poder compartilhar com minha filha estes momentos... e dizer que após este filme a compreendo mais, que percebi minha falta de tato, minha inaptidão para lidar com sentimentos tão profundos.
Espero que um dia, possamos ver a reprise na televisão.

terça-feira, 9 de maio de 2006

 

"Se você não está confuso, está mal informado!"

Carlos Nader, na Revista Trip 143, me lembrou dessa pichação de muro (para ele, dos anos 70... para mim, dos anos 80). Não importa... mas convenhamos, continua atualíssima.
Que mundo é esse que vivemos? Nós, que somos ávidos por informação (incluo vocês leitores neste grupo por pura falta de modéstia) já começamos a nos sufocar com a avalanche de informações diárias, instantâneas, on-demand, real time.... Ahhhhhhh! Enlouquecedor!
Desde o tempo das aulas de microeconomia com o Prof. Paulo Feitosa e seu discurso sobre
Schumpeter e a inviabilidade da concorrência perfeita, eu sonhava com mecanismos que viabilizariam a democratização de informações, e consequentemente a tal da "concorrência perfeita". Este sonho se estenderia para outras áreas... TV interativa (o filme que quiser, no horário que escolherei), "mobile clipping" (informação selecionada no meio do Parque Municipal), Sistemas de Gestão do Conhecimento (se eu sei, você saberá também), etc...

CUIDADO COM O QUE DESEJAS...
...pois pode passar um anjo e dizer amém! (D. Clotilde Mãe da Irreverência)

De repente, vi meu sonho realizado, mas não da forma esperada. Passou do ponto. O bolo queimou. O copo transbordou.

WindowslivemessengerOrkutTimtorpedosEmailRSSPodcast CookiesSpywaresRádioTelevisãoabertaTelevisãoacaboVejaÉpocaFolhaonline EstadãoonlineLiveupdateNextelVideowallsetcetcetcetcetcetcetc...

Me vejo cercado pela obrigatoriedade do celular, assinaturas de periódicos e sociedades virtuais. Todos sabem onde estou, me localizam como milho em lata de ervilha. E isso tudo para quê? Cadê o conteúdo? Cadê a evolução através da informação? De quê me importa saber o quê você fez na noite passada? Qual meu interesse no novo namorado da Vera Fischer? Não me interessa a ultra promoção da Vivo ou da Tim! Não quero ver suas fotos do verão retrasado! Não quero ter muitos amigos (os poucos que tenho já ocupam muito tempo do meu tão alardeado altruísmo). Não quero ser considerado fã do Tom, Caetano, Arrigo ou Chico... quero escutar! Escutar em bom som estereofônico e não em tons polifônicos (sons polifônicos: que merda é essa? Pela etimologia, parece melhor que estereofônicos, né?)

(pausa para escutar o saxofonista da festinha no prédio tocar "Estácio, Holly Estácio" e mais uma taça de vinho... chique esta festinha... saxofonista bom ao vivo, repertório cult, deve estar rolando fois gras... porquê não fui convidado???)

Pois é, voltando ao tema.... não aguento mais, pedi arrego... quero noites de sono tranquilas, cachaça ao fim de tarde com amigos não-virtuais, chuva no mato pisado, amores privativos e o descanso do guerreiro.

Quero música cantada no chuveiro,
café sem jornal
e um beijo matinal.

Quero televisão como fundo musical
para finalizar um dia trivial.

Quero assistir Flávio Cavalcanti com minha vó
(Nossos comerciais, por favor!)
Quero o vinho e seu torpor,
Quero ficar só!


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