sexta-feira, 25 de agosto de 2006

 
De repente aquela menininha de cabelos dourados que brincava na piscina virou mulher. E mulher do moda. E moda de qualidade.
Mulher linda que não gosta de ser chamada de modelo. "-Iiihhh Kiko, você é muito bobo mesmo!"
Eu já previa desde o dia em que a vi comendo um peixe-frito com as mãos numa praia qualquer. Tal qual ensaio de verão da Elle. Essa menina brilharia no mundo da moda, seja como modelo ou estilista.
Foi só esperar para vê-la, mais linda que nunca, num outdoor desviando a atenção de todos os motoristas. "-Eu não sou modelo! Só fiz um mini-outdoor!"
Não é modelo, mas se formou uma estilista de mão-cheia. Talento nato.
Se você não conhece, irá conhecer. Camilla Torres (ou será Camilla Valadão??? Os dois "Ls" tenho certeza, coisa de francesinha expatriada.)
E lá vem ela com um bazar neste domingo.
Vale a pena conferir. Tudo baratinho, de R$19 a R$79.:
27/08/06
De 10:00 as 20:00hs
Rua Aimorés, 2576 / 401 - Santo agostinho
Entre Rua Rio Grande do Sul e Mato Grosso (pertinho do Usina)
P.S.: Ela me pediu pra avisar que essas são fotos da coleção antiga. Da nova coleção não tem fotos porque ela não é modelo e tem vergonha.






quarta-feira, 23 de agosto de 2006

 
TIRADENTES RECEBE MAIS UMA EDIÇÃO DO FESTIVAL INTERNACIONAL DE CULTURA E GASTRONOMIA EM AGOSTO
A troca de conhecimentos e de experiências culinárias sempre esteve presente no Festival Internacional de Cultura e Gastronomia de Tiradentes. Não por acaso, a nona edição do evento, que movimenta a cidade entre os dias 18 e 27 de agosto, vai resgatar a influência que a gastronomia brasileira recebeu das culinárias indígena, portuguesa e africana. Mais uma vez, a aconchegante cidade do Vale das Vertentes receberá profissionais e amantes da alta gastronomia para esse encontro que é uma verdadeira celebração da boa mesa. Além de cursos realizados na praça, o Festival promove novamente os já tradicionais Festins Gastronômicos Temáticos, para os quais são convidados chefs de renomados restaurantes de várias partes do mundo. Prepare-se para se deliciar: os sabores e aromas mais disputados da gastronomia estão prestes a entrar em cena!

DATA: 18 A 27 DE AGOSTO DE 2006
TIRADENTES - MG

 
Comecei a amar Belo Horizonte, nas aulas de história do Colégio Loyola. Como acho que só se ama o que se conhece, penso que meus colegas de escola também começaram a amar BH sentados naquelas carteiras.
Pesquisando sobre a cidade para redigir o texto anterior, encontrei esse vídeo da Globo sobre a cidade e minha suposição foi confirmada. No vídeo revi uma colega dos tempos de Loyola discorrendo sobre a nossa cidade.


Tereza Bruzzi, agora uma arquiteta apaixonada por BH, era bailarina e sempre me encantou por sua simpatia, serenidade e sorriso franco.

Vale a pena assistir o vídeo para se encantar com BH e com a Tereza.

 
Dia desses, uma querida amiga pediu algumas sugestões para ciceronear um amigo alemão na sua estada de 03 dias em Belo Horizonte. Aproveitei o pedido para mergulhar num passeio de lembranças pela cidade, um pouco esquecida na minha rotina autômata casa-trabalho-buteco-casa.
Essa cidade que há muito já extrapolou os limites da Contorno, definidos por Aarão Reis ainda guarda na personalidade de seu povo a mineiridade de outrora, imposta pelo curral de montanhas ao redor. Curral Del’Rey de mentes ensimesmadas, de olhares ressabiados, de abraços polidos e palavras cuidadosas.
Cidade tradicional, mas não estagnada. Cidade que só aceita o novo se for bom, de qualidade (fato já sabido por marketeiros que nos usam como mercado piloto).
Cidade que já nasceu nova, planejada, aos moldes de Washington e com os bulevares de Paris. Cidade que rompeu com a monarquia e abraçou a república.

Roteiro Turístico de BH para um amigo alemão.
Esse roteiro foi pensado para ajudar minha amiga na tarefa de ciceronear um alemão em BH, mas vale como exercício para todos os belo-horizontinos. Siga o roteiro e sinta-se um turista na sua cidade. Leve seus filhos junto, é certo que eles passarão a amar mais um pouquinho sua própria cidade.

1) Museu Histórico Abílio Barreto: Única construção remanescente da época do Curral Del Rey, foi sede da Fazenda do Leitão. Fica em local charmoso e arborizado na Avenida Prudente de Moraes. O Museu, além da sede histórica conta com um moderno anexo onde se encontra o Café do Museu, um restaurante delicioso com muito jazz rolando.
Curiosidade: Pare sobre uma das enormes bocas de lobo da Avenida Prudente de Morais e ouça o ruído do Córrego do Leitão. Você sabia que ainda existe um córrego ali debaixo da pista?


Fotos: PBH - Ernest Austen - Ernest Austen - Ressonância Magnética



2) Orla da Pampulha: Esse cartão postal manjado de BH foi revitalizado recentemente. Agora além do complexo criado por JK e Niemayer, a pampulha ainda conta com a melhor pista de cooper da cidade (18 km) e o Parque Ecológico.

Fotos: Carlos Pacífico

Dicas:
Nas manhãs de domingo, sempre tem shows gratuitos bacanas no Museu de Arte Moderna. Namore um pouquinho sentado no gramado atrás do museu.
Leve as crianças no Parque de Diversões Guanabara e curtam o Minhocão. Nada de mega montanhas-russas ou tecnologia de ponta, só o saudosismo dos parques antigos. Preste atenção no menino no pinico dentro do Trem-fantasma.


Fotos: Fernando Porto - Fernando Porto - Denise Schwenck - João Avelino

Almoce no Aurora, uma refeição slow-food com direito à uma trilha sonora inusitada, chuva de pétalas de rosas e quebra de pratos a la Zorba, o grego. Experimente as costeletas com molho de jabuticaba. Combine tudo antes com a Cida: (31)3498-7567



3) Mercado Central: O melhor passeio para gringos em terras belo-horizontinas. Cores, gente, frutas, temperos, cachaças, artesanato, queijos, cheiros, sons. Uma explosão de sensações.
Dicas:
Compre mil temperos na Banca Santo Antônio.
Experimente todas as frutas que você não conhece (abiu, cagaitera, juá de capote, mangostim...). No final do ano é época de lichia.
Tome uma cachaça de Conceição do Mato Dentro (Bento Velho ou Mato Dentro) acompanhada por um delicioso Fígado com Jiló na Chapa no bebe em pé do lado da Peixaria. Fuja do corredor dos butecos e do já famoso Casa Cheia (só têm fama).
Coma uma empada quentinha no Ponto da Empada.
Converse com todos que encontrar pela frente, principalmente com os feirantes. Mil e um “causos” para renovar seu repertório.
Evite a ala dos animais de estimação. Muita crueldade e um odor terrível.


Fotos: Carlos Pacífico


4) Palácio das Artes: Templo da cultura em BH, esse prédio de rara beleza arquitetônica encanta a todos que transitam pela Avenida Afonso Pena.
Dicas:
Passeie pelo foyer prestando atenção nas fotografias, nas curvas da arquitetura, leia sobre a história do Palácio das Artes no painel ao fundo.
Tome um café displicente na cafeteria e coma uma truffa.

Fique atento aos detalhes da fachada.
Visite as exposições sempre bacanas na galeria a direita da entrada principal.

Aproveite para conhecer o Parque Municipal e se tiver fôlego, dê uma volta nos barquinhos a remo. É meio cafona, mas um bom exercício.


Fotos: Júlia Lego - Júlia Lego - Munilds - Carlos Pacífico


5) Rampa de vôo livre da Serra da Moeda: Do alto desta serra que se derrama sobre os campos rupestres na saída para o Rio de Janeiro, você pode avistar a Lagoa do Ingleses, Água Limpa e a cidade de Brumadinho. Paisagem maravilhosa pontilhada pelas cores dos paragliders e asas deltas.
Dicas:
Chegue cedo e reserve uma mesa no restaurante Topo do Mundo. Escolha a mesa redonda de mosaico na varanda (você entenderá porque). Peça uma Caipilima e uma linguicinha de vitela. A comida não é grande coisa, mas vale pelo visual e pelo charme.
Leve uma garrafa de vinho.
Ao entardecer, vá para o estacionamento, ligue o som do carro (baixinho e com uma música tranqüila... nada de funk ou pagodão), abra o vinho e espere pelo pôr-do-sol.

Se der sono, vá para a Estalagem do Mirante, uma pousada espetacular no alto da serra.

Fotos: Júnior Finocchiaro - Júnior Finocchiaro - João Avelino - Divulgação - Divulgação - Divulgação

quarta-feira, 9 de agosto de 2006

 
Uma voz deliciosa!
Charme e sedução para ouvidos que escutam além da música.

Um dia desses descobri no YouTube uma amiga distante que canta como que preparando preliminares de uma noite de cetim.
Ela é MaryAnne, uma americana de apenas 26 anos.
Com uma voz provocante e olhares convidativos, essa moça me encantou logo na primeira vez que a ouvi (e vi). Talvez porque compartilhamos do mesmo gosto por clássicos do Jazz e da música popular americana.
Seu repertório inclui Nina Simone (a melhor), Nat King Cole, Louis Armstrong, Peggy Lee e, até mesmo, Marilyn Monroe.
Não foi somente a voz que me chamou a atenção. MaryAnne, mesmo através de vídeos caseiros, apresenta uma performance digna das grandes divas do cinema americano (vide Rita Hayward e Marilyn). Algo a mais que os fenômenos de vendas da música americana atualmente.
Ouça, veja e relaxe. This lady give me Fever!!!!!


A delicious voice!
Charm and seduction for ears that listen beyond music.


One day of these I discovered in the YouTube a distant friend who sings as that preparing preliminary of a satin night.
It is MaryAnne, an American of only 26 years.
With a provocative voice and inviting looks, this young woman enchanted me on the first time that I heard it (and saw). Perhaps because we share the same taste for Jazz classics and American popular music.
Its repertoire includes Nina Simone (the best), Nat King Cole, Louis Armstrong, Peggy Lee and, even though, Marilyn Monroe.
The voice was not the only aspect that attracted my attention. MaryAnne, even through amateurs videos, presents a performance worthy of the great divas of the American cinema (vide Rita Hayworth and Marilyn). Something more than the selling phenomena of American music currently.


Hear it, see it and relax. This lady give me Fever!!!!!



terça-feira, 8 de agosto de 2006

 
ANTOLÓGICO!!!!
Este é para aqueles que assistiam Os Trapalhões todo domingo a tarde na casa da vó, com todos os primos reunidos sentados ao chão na frente da televisão.
Este é para aqueles que sabem o nome completo do Didí (Didi Mocó Sonrisal Colesterol Novalgino Mufumbo).
Este é para aqueles que têm saudades do setelagoano Zacarias.
Este é para aqueles que lembram-se da época que o Mussum ainda bebia mé, falava "Cacildis", cantava "Assassinaram o camarão / assim começou a tragégia no fundo do mar..." com Os Originais do Samba e era protagonista da propaganda dos Supermercados PEG PAG "Eu Pegs / tú pegs / todo mundo pegs...".

Beijo no forevis e até segunda...



Lembrei de mais uma do Mussum...
Dizem que foi Chico Anísio quem orientou o sotaque do Mussum, à época integrante do conjunto musical Originais do Samba, mais músico do que humorista:
-- Tudo o que você falar, coloca um esse no final, entendeu? Amarelo vira amarelis.
-- E se eu tiver que dizer que estou com pena?

 
Tudo que é sólido, se desmancha no ar.
Realmente é um admirável mundo novo.

O Aerogel é um material sólido, extremamente leve derivado de um gel, no qual a sua parte líquida foi substituida por um gás. O resultado desse processo é um bloco sólido com densidade extremamente baixa, com várias propriedades notáveis, entre as quais destaca-se excelente eficiência como isolante térmico e elétrico, além de ser o material sólido mais leve que existe.

Devido as suas características físicas (baixa densidade, tranparência e difusão da luz) esse material recebeu o apelido de fumaça sólida.
Fonte:
http://www.wikipedia.org/

O Aerogel é um material extremamente leve, porém muito resistente. Nessa foto vemos um pequeno bloco de aerogel sustentando um tijolo de 2,5 kg

Peter Tsou, da NASA, segurando um aerogel.


quarta-feira, 2 de agosto de 2006

 
As maravilhas de Belo Horizonte

Lendo sobre a estréia da David Parsons Dance Company no Palácio das Artes, logo me lembrei de duas das maravilhas de Belo Horizonte: O Grupo Corpo e o Palácio das Artes.

Grupo Corpo
Minha admiração especial por esta companhia belo horizontina vem desde criança, quando meu pai já lhes conferia o título de melhor grupo de balé do mundo (opinião que também compartilho hoje).
Não sei se por pura empatia ou por sensibilidade visionária, meu pai se orgulhava da amizade da família Pederneiras. Naquela época o grupo era “apenas” uma turma de jovens, sem lenço nem documento, que ensaiava na casa dos pais. Quando precisaram de um espaço maior, por intermédio de meu pai, alugaram a casa do meu tio Rômulo, ali no bairro da Serra (a casa está lá até hoje, ocupada agora por Tia Márcia).
Meu pai conta que se aproximou do Corpo quando uns cabeludos o contataram na Secretaria de Estado em busca de patrocínio (ou incentivos) para um grupo de dança. Havia verba pública para a cultura, mas não era suficiente. Então, se propôs a captar recursos junto ao dono de uma das maiores empreiteiras mineiras (não citarei nomes para evitar constrangimentos).
Foi recebido com sorriso amplo e a resposta positiva:


“- É claro que vou ajudar!” O avarento sacou a carteira e ofereceu uma nota equivalente a R$50,00 atuais.

É válido lembrar que toda a ajuda já foi demasiadamente retribuída. Seja por cortesias para todas as apresentações do Grupo em BH, por um inusitado banco de trem presenteado pelo Paulo Pederneiras (acho que é um dos presentes que meu pai mais gostou... não sei onde ele foi parar, mas continua presente na nossa memória...), ou pela convivência amiga.

Trecho do balé Bach, criado em 1996, coreografia de Rodrigo Pederneiras, musica de Marco Antonio Guimaraes (do Uakti) sobre obra de Bach.
Veja mais cenas do corpo:
Grupo Corpo - Bach (1)
Grupo Corpo - Bach (4)
Nazareth

Sobre o Palácio das Artes, escrevo amanhã. O vinho acabou e o sono chegou.

 

Dias 12 e 13 de agosto tem David Parsons Dance Company no Palácio das Artes.

Preço:
Platéia I - R$80 (inteira) e R$40
Platéia II - R$70 (inteira) e R$35
Platéia Superior - R$60 (inteira) e R$30

 
AVISO AOS NAVEGANTES:
Se encontrarem um argentino Cabernet Sauvignon/Tempranillo - ANGARO - Finca La Celia numa promoção tentadora... fuja!!!! Nem para temperar carne! (Talvez a Brena goste....)

Nestes tempos de vacas magras, preciso pedir que a Vanessa Martins (amiga connoisseur dos néctares bordôs) me indique algum com boa relação custo X benefício.

terça-feira, 1 de agosto de 2006

 
Hoje, em conversa com minha mãe, escutei dela uma frase que continha uma palavra que me causou estranheza: "Honestidade não é uma virtude a ser decantada..."
Decantada???? Percebi o que ela queria dizer, mas, do alto da minha soberba onisciência, corrigi-a no ato:

- Alardeada! Decantar é separar um sólido de um líquido através do processo de
D E C A N T A Ç Ã O!
- O quê?

- Você usou a palavra errada. "Decantada" não cabe na frase!

Como filho de peixe, peixinho é, e, filho de Torres, turrão é, fiquei batendo boca com ela sobre o suposto erro por horas. Como nenhum Fonseca é de dar o braço a torcer, ficamos nessa lenga-lenga até que resolvi consultar o gran-conciliador Sr. Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Tive que engolir todo minha onisciência e meu orgulho numa engolipada só.

- Mãe, você está certa........

" decantar². [Do lat. decantare]V.t.d. 1. Celebrar ou exaltar em cantos ou em versos.
2. Celebrar, engrandecer, exaltar."

Para minha sorte, nossa discussão não chegou ao costumeiro:
"- Quer apostar?"

Cheguei em casa um pouco depois, abri um cabernet e fui visitar os meus favoritos da blogosfera. Dei de cara com o seguinte artigo do Sérgio Rodrigues, que me lembrou o entrevero anterior.
...........

Por Sérgio Rodrigues (direto do NoMínimo)

Soluto

01.08.2006 O leitor Georgeton Correia conta uma história que diz mais sobre a espessura histórica da língua do que parece à primeira vista. Vamos a ela:

Em visita a uma tia no interior da Bahia, minha mãe ouviu a seguinte descrição de uma antiga fazenda: “Ela já não tem mais a alegria de antes” – afirmou a senhora de 80 anos – “está tudo abandonado, triste, soluto...”

"Soluto!?" – exclamei ao ouvir o relato da minha mãe. Lembro-me das aulas de química no antigo Colegial, e do professor explicando sobre a diferença entre soluto e solvente. Mas confesso que o uso de soluto como sinônimo de triste deixou-me ‘NoMínimo’ (perdoe-me, não consegui evitar o trocadilho) intrigado.

Não é para menos. O “soluto” empregado pela velha senhora do interior da Bahia é um adjetivo em desuso, segundo o Houaiss, com duas acepções: “solto, sem vínculos” e “sem ritmo, rima ou harmonia poética (diz-se de texto)”. No latim solutus, de onde veio a palavra, vamos encontrar um sentido mais coerente com a frase em questão: “dissolvido, decomposto, dissipado”. O mesmo de uma palavra-irmã, esta em pleno uso: “dissoluto”.

Alguém pensou em “decadente”? Isso mesmo. No entanto, se um vestibulando ousasse usar “soluto” com esse significado numa redação, certamente lhe tirariam pontos. Acontece que a língua é muito mais profunda, ainda bem, do que imagina o senso comum com seu apego acrítico à norma culta cristalizada neste momento em gramáticas e dicionários.

Vale lembrar que foi em parte com relíquias como esta, preservadas como por milagre na fala de gente simples, que Guimarães Rosa fez a obra que fez.

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