terça-feira, 26 de setembro de 2006
Cosme e DamiãoAmanhã, 26/09/06 (quarta-feira) é dia de Cosme e Damião, os gêmeos cristãos da Arábia que praticavam a medicina por caridade. Foram mortos por um mal comum até hoje: a intolerância.
Várias são as versões sobre a sua morte. Alguns relatos afirmam que foram amarrados e jogados em um despenhadeiro sob a acusação de feitiçaria e inimigos dos deuses romanos. Em outra versão, na primeira tentativa de morte, foram afogados, mas salvos por anjos. Na segunda, foram queimados, mas o fogo não lhes causou dano algum. Apedrejados na terceira vez, as pedras voltaram para trás, sem atingi-los. Por fim, morreram degolados.
Na África e no Brasil, povos de comportamento mais ecumênicos (o Brasil cada vez menos), Cosme e Damião são associados à Ìbejì, palavra derivada de Igbeji, que dizer gêmeos e o orixá Igbeji é o único permanentemente duplo. Forma-se a partir de duas entidades distintas que coexistem, respeitando o princípio básico da dualidade.
Mas, entrei nesse assunto devido à dica do Marcelo Katsuki do Comes & Bebes. Foi ele quem lembrou-me a data. Acho que, como ele, sempre associei a data ao "Caruru dos Meninos" (muito mais que às balas e guloseimas). Mesmo porque, caruru é o meu prato predileto.
"O Caruru dos Meninos é formado pelo caruru mais arroz branco, feijão fradinho, abará, acarajé, xinxim de galinha, acaçá, banana da terra, canjica, inhame, farofa de dendê, pipocas, rapadura e cana-de-açúcar, constituindo um verdadeiro banquete baiano."
Liguei para todos os restaurantes baianos de meu conhecimento em Belo Horizonte. Não foi uma tarefa árdua, visto que são apenas 03.
Dos três, apenas o Alguidares atendeu a ligação, e respondeu que não farão nenhum evento especial na data (na verdade, o atendente nem conhecia a tradição). E mais... não tem caruru no menu do restaurante. Só sob encomenda. (Não se assustem tanto. Essa pratica é geral entre os 03 restaurantes. Não me perguntem o porquê.)
Se quiserem encomendar, seguem aí os tais restaurantes baianeiros:
Acarajé da Bahia Rua Jacuí, 2103 - Fone: 3444-7264
Alguidares Bar e Restaurante Rua Pium-í, 1037 - Fone: 3221-8877
Baiana do Acarajé - Rua Antônio de Albuquerque, 473 Savassi - Fone: 3264-5804
Mas para não deixar a data passar em branco, deixo uma receita de caruru para quem quiser se aventurar nesta delícia:
Ingredientes:
50 ml de azeite
1 cebola grande picada
1 dente de alho picado
150g de camarão seco sem cabeça
1 xícara de castanha de caju picada
½ kg de quiabo
2 colheres (sopa) de vinagre de vinho branco
sal e pimenta do reino
1 ¼ xícara de água
30 a 40 ml de azeite de dendê
Preparo:
Em um processador ou liquidificador, moa os camarões secos junto com a castanha de caju. Reserve.
Em uma panela de fundo largo, aqueça o azeite e nele doure a cebola ligeiramente. Acrescente o alho e doure mais um pouco. Acrescente a mistura de camarões e castanhas moídos e deixe que dourem ligeiramente. Acrescente os quiabos e deixe refogar até que fiquem bem verdes e brilhantes. Acrescentar a água, o vinagre, tempere com sal e pimenta e deixe cozinhar até que os quiabos estejam cozidos, porém ainda firmes. No momento de servir acrescente o dendê.
Mais um argentino para nos emocionar
Depois de assistir (com bastante atraso) o maravilhoso "Valentín" de Alejandro Agresti, assisti "Elsa e Fred - Um amor de paixão" (Elsa y Fred) de Marcos Carnevale, em cartaz em BH.
Muito mais que uma história de amor na maturidade (que me fez pensar e concordar com a citação de Picasso no poster do filme: "Lleva tiempo llegar a ser joven") Elsa e Fred, com suas referências cinematógraficas explícitas (Ginger e Fred / La dolce Vita, ambos de Fellini), é uma história de amor pelo cinema.
Este filme lembrou-me duas referências na minha vida:
Cinema Paradiso (o amor pelo cinema) e "O Amor nos Tempos do Cólera" (o amor na maturidade).
Vale a pena ver os dois filmes... e um conselho válido para os dois: leve lenços.
Elsa e Fred
Valentín
quinta-feira, 21 de setembro de 2006
Reação do New York Times
O Epic 2014 (já citado anteriormente) já está gerando movimentação no NYT. Vejam a notícia abaixo.
"NYT tem agora 1 'futurista convidado' para dar ideias ao jornal - 12:30 - O The New York Times criou o cargo de 'futurista convidado' e nomeou para a posiçao Michael Rogers, ex executivo do Washington Post e da Newsweek. Durante 1 ano, ele terá a funçao de oferecer novas ideias à unidade de pesquisa e desenvolvimento do NYT. A divisao foi criada em 2005 com a tarefa de criar novas estrategias para o jornal na internet. Noticia do Editor & Publisher via Blue Bus."
O Epic 2014 (já citado anteriormente) já está gerando movimentação no NYT. Vejam a notícia abaixo.
"NYT tem agora 1 'futurista convidado' para dar ideias ao jornal - 12:30 - O The New York Times criou o cargo de 'futurista convidado' e nomeou para a posiçao Michael Rogers, ex executivo do Washington Post e da Newsweek. Durante 1 ano, ele terá a funçao de oferecer novas ideias à unidade de pesquisa e desenvolvimento do NYT. A divisao foi criada em 2005 com a tarefa de criar novas estrategias para o jornal na internet. Noticia do Editor & Publisher via Blue Bus."
terça-feira, 19 de setembro de 2006
Depois de relembrar o passado, que tal um exercício de futurologia?
Muitos de vocês já devem ter visto EPIC 2014, o filme em flash criado por Robin Sloan para o Museum of Media History, um exercicío de futurologia que supõe a morte dos jornais impressos em 2014 causada por megaorganizações tecnológicas que detêm métodos de prospecção e disseminação de toda informação na face da terra.
Mas a novidade é que já foi feito um update. EPIC 2015 (também de Robin Sloan) projeta para 2015 um "The End" menos obscuro. Esperança sempre!
Veja as versões originais aqui.
Ou assista EPIC 2015 com legendas em português abaixo.
Muitos de vocês já devem ter visto EPIC 2014, o filme em flash criado por Robin Sloan para o Museum of Media History, um exercicío de futurologia que supõe a morte dos jornais impressos em 2014 causada por megaorganizações tecnológicas que detêm métodos de prospecção e disseminação de toda informação na face da terra.
Mas a novidade é que já foi feito um update. EPIC 2015 (também de Robin Sloan) projeta para 2015 um "The End" menos obscuro. Esperança sempre!
Veja as versões originais aqui.
Ou assista EPIC 2015 com legendas em português abaixo.
Quem sabe, sabe!
Old Blue Eyes and Mr. Jobim.
Old Blue Eyes and Mr. Jobim.
segunda-feira, 11 de setembro de 2006
Gentileza gera gentileza
Impressionante como a blogosfera está cheia de gente bacana.
É o caso da Beth Salgueiro, que publicou as músicas do disco Tubarões Voadores (Arrigo Barnabé) e me fez recordar de uma fita K7 antiga (é pleonasmo???) que tinha no lado B, músicas dos Mulheres Negras. Bastou que eu comentasse que não conseguia encontrar nada da dupla e pronto... já estavam lá todas as músicas que eu queria. Gente coisa é outra fina!
Impressionante como a blogosfera está cheia de gente bacana.
É o caso da Beth Salgueiro, que publicou as músicas do disco Tubarões Voadores (Arrigo Barnabé) e me fez recordar de uma fita K7 antiga (é pleonasmo???) que tinha no lado B, músicas dos Mulheres Negras. Bastou que eu comentasse que não conseguia encontrar nada da dupla e pronto... já estavam lá todas as músicas que eu queria. Gente coisa é outra fina!
PREMIAÇÃO INUSITADA
Pode ser apenas uma citação, mas recebi como um grande prêmio... estou entre "As Melhores Mães do Mundo" do "Cenas de Uma Vida Minúscula". Vindo de quem vem, é um grande elogio: Nono Joris e Joaquim formam uma grande dupla e ela é uma mãe exemplar.
Mais gratificante ainda, é estar lá, ao lado da Nádia (que enche de maravilhas o mundo da Alice).
Pode ser apenas uma citação, mas recebi como um grande prêmio... estou entre "As Melhores Mães do Mundo" do "Cenas de Uma Vida Minúscula". Vindo de quem vem, é um grande elogio: Nono Joris e Joaquim formam uma grande dupla e ela é uma mãe exemplar.
Mais gratificante ainda, é estar lá, ao lado da Nádia (que enche de maravilhas o mundo da Alice).
"O que chamamos acaso talvez seja a lógica de Deus".
Georges Bernanos
Deixo aqui uma incumbência para a minha querida prima Jeanne Bernanos... escrever uma breve biografia do célebre bisavô para publicar aqui e no Wikipédia.
Georges Bernanos
Deixo aqui uma incumbência para a minha querida prima Jeanne Bernanos... escrever uma breve biografia do célebre bisavô para publicar aqui e no Wikipédia.
Já falei aqui sobre os “avós” do Jamie Cullum, mas escutando uma música dele no rádio (está tocando mais do quê tema de novela das 8), lembrei-me de algumas bandas que podem ser consideradas os “irmãos mais velhos” do rapazote. Segue aí mais uma lista para aumentar a bagagem musical da Dé (que tornou-se fã #1 do Jaiminho).
Começo com The Style Council, uma banda que animou as festinhas descoladas em terras brazucas na década de 80. Formada por Paul Weller, talvez o mais inquieto músico britânico dos últimos 30 anos (nó, como o tempo passa). Weller queria enveredar-se pelos caminhos do jazz, abandonando a veia roqueira de influência punk dos tempos do The Jam e montou a banda junto com Mick Talbot (teclados) e Steve White (bateria).
Em seguida, entra Matt Bianco, também dos anos 80. Banda pop com influência do jazz, mas que misturava muito ska, bossa nova e, até mesmo samba. Vez por outra, seu som descambava para as ingenuidades do new wave, mas tinha como trunfo a “backing vocalist” Basia.
Mais atual, é o Swing Out Sister. Banda muito pop que tem raízes nítidas na “soul music” e apresenta versões bem mais carregadas no jazz em suas apresentações ao vivo (com uma bateria swingada que lembra o Cool and the Gang – guardadas as devidas proporções). O álbum “Live in Tokyo” é espetacular (quem tiver que me avise).
The Style Council - My Ever Changing Moods
The Style Council - Shout to the Top
The Style Council - You're The Best Thing
The Style Council - Walls Come Tumbling Down!
The Style Council - Have you ever had it blue
Matt Bianco - Get Out Of Your Lazy Bed
Matt Bianco & Basia - More Than I Can Bare
Matt Bianco & Basia - Waters Of March
Swing Out Sister - Breakout (Live)
Swing Out Sister - Am I The Same Girl (Live At The Jazz Cafe)
Começo com The Style Council, uma banda que animou as festinhas descoladas em terras brazucas na década de 80. Formada por Paul Weller, talvez o mais inquieto músico britânico dos últimos 30 anos (nó, como o tempo passa). Weller queria enveredar-se pelos caminhos do jazz, abandonando a veia roqueira de influência punk dos tempos do The Jam e montou a banda junto com Mick Talbot (teclados) e Steve White (bateria).
Em seguida, entra Matt Bianco, também dos anos 80. Banda pop com influência do jazz, mas que misturava muito ska, bossa nova e, até mesmo samba. Vez por outra, seu som descambava para as ingenuidades do new wave, mas tinha como trunfo a “backing vocalist” Basia.
Mais atual, é o Swing Out Sister. Banda muito pop que tem raízes nítidas na “soul music” e apresenta versões bem mais carregadas no jazz em suas apresentações ao vivo (com uma bateria swingada que lembra o Cool and the Gang – guardadas as devidas proporções). O álbum “Live in Tokyo” é espetacular (quem tiver que me avise).
The Style Council - My Ever Changing Moods
The Style Council - Shout to the Top
The Style Council - You're The Best Thing
The Style Council - Walls Come Tumbling Down!
The Style Council - Have you ever had it blue
Matt Bianco - Get Out Of Your Lazy Bed
Matt Bianco & Basia - More Than I Can Bare
Matt Bianco & Basia - Waters Of March
Swing Out Sister - Breakout (Live)
Swing Out Sister - Am I The Same Girl (Live At The Jazz Cafe)
quarta-feira, 6 de setembro de 2006
Gastrô para quem está na mixórdia(como o amigo que aqui vos escreve)
Às quintas, o Aurora está servindo caipirinhas variadas (R$ 7, cada) servidas no jardim externo e os fregueses poderão escolher entre dois pratos do dia, vendidos a R$ 28 (individual), cada.
Isto não é uma matéria paga, mas bem que o Mauro e a Cida podiam me convidar para uma quarta-feira de degustação sem ficha.
Rua Expedicionário Mário Alves de Oliveira, 421, São Luiz. (31) 3498-7567. Aberto de quarta a sábado, das 19h ao último cliente; domingo, das 12h às 17h
Faltava isso na SerraUma boa dica em BH para quem gosta de massas, ambientes arejados e um bom bate-papo, é o recém inaugurado Botica Pasta & Pizza.
O restaurante desprentensioso (mas simpático) fica no quintal de uma antiga casa no bairro da Serra. A casa ainda conta com uma loja de artesanato reúne objetos, peças decorativas, utensílios domésticos, móveis, roupas, bolsas, acessórios femininos, cosméticos, plantas e dezenas de outros itens, feitos por ONGs e artistas renomados.
Gostei do jardim lateral ao ar livre, com mesas menores que facilitam as conversas.
Outra coisa que me agradou muito, foi reencontrar figurinhas carimbadas da Serra, rostos comuns da minha adolescência naquele bairro.
Tuca e Chico (simpáticos proprietários) estão de parabéns.
Rua Pouso Alto, 106, Serra. (Perto do Villa Rizza)
(31) 3077-3860. Aberto de terça
a sábado, das 19h à 0h.
terça-feira, 5 de setembro de 2006
Nessa o Zuenir pisou na bola.
Na mesma coluna citada no post anterior, o escritor Zuenir Ventura, refere-se ao livro "A Reputação", do jornalista Mário Rosa. Segundo Ventura, o "originalíssimo" livro "estuda a fundo a questão da ética na era digital", e cita algumas frases do livro:
“Um laboratório produz remédios, mas o que a indústria farmacêutica vende mesmo é confiança(...). A rigor, pessoas físicas e jurídicas não vendem produtos ou serviços. Vendem confiança”.
“Um médico vende a confiança em seu tratamento. Um engenheiro vende a confiança de que um prédio não vai cair. Um jornalista vende confiança a seus leitores e suas fontes. Políticos vendem confiança. O que todos nós vendemos é confiança.”
“A propagação de uma imagem não é mais um diferencial (...). Não basta apenas ser famoso e ter seu nome massificado: é preciso ser respeitado.”
Sob o ponto de vista mercadológico e publicitário, esses conceitos são, "NoMínimo", simplistas. Na verdade o que a "propaganda" vende é o desejo.
Não li o livro do Mário Rosa, e por isso não posso dizer quem errou: o autor, ou o Zuenir por pinçar frases fora de um contexto muito mais amplo. Mas posso afirmar que estes conceitos não têm nada de "originalíssimos".
Na mesma coluna citada no post anterior, o escritor Zuenir Ventura, refere-se ao livro "A Reputação", do jornalista Mário Rosa. Segundo Ventura, o "originalíssimo" livro "estuda a fundo a questão da ética na era digital", e cita algumas frases do livro:
“Um laboratório produz remédios, mas o que a indústria farmacêutica vende mesmo é confiança(...). A rigor, pessoas físicas e jurídicas não vendem produtos ou serviços. Vendem confiança”.
“Um médico vende a confiança em seu tratamento. Um engenheiro vende a confiança de que um prédio não vai cair. Um jornalista vende confiança a seus leitores e suas fontes. Políticos vendem confiança. O que todos nós vendemos é confiança.”
“A propagação de uma imagem não é mais um diferencial (...). Não basta apenas ser famoso e ter seu nome massificado: é preciso ser respeitado.”
Sob o ponto de vista mercadológico e publicitário, esses conceitos são, "NoMínimo", simplistas. Na verdade o que a "propaganda" vende é o desejo.
Não li o livro do Mário Rosa, e por isso não posso dizer quem errou: o autor, ou o Zuenir por pinçar frases fora de um contexto muito mais amplo. Mas posso afirmar que estes conceitos não têm nada de "originalíssimos".
Esqueletos no armário.
Desde o dia 15/08, os jornais alemães estampam em suas manchetes a polêmica sobre a confissão tardia feita por Günter Grass assumindo ter integrado a Waffen-SS, tropa de elite de Hitler, aos 17 anos de idade.
Zuenir Ventura, no primeiro parágrafo de sua coluna do dia 29/08/06 no "no mínimo", escreve:
"Acho que o primeiro a estabelecer a conexão entre o ex-planeta Plutão e o romancista alemão Günter Grass foi Luis Fernando Verissimo: “Taí. Plutão não era planeta e Günter Grass era nazista”, escreveu o cronista. Os dois perderam o que custa a ser construído, uma boa reputação: um ao ser rebaixado da primeira divisão do Sistema Solar e o outro ao confessar que, quanto tinha 17 anos, pertencera às Waffen SS, tropas de elite de Hitler. No primeiro caso, foram precisos 76 anos para se descobrir o engano. No segundo, o Prêmio Nobel demorou 61para fazer sua confissão."
Interpreto a tirada do Veríssimo de outra forma: As coisas mudam, pessoas mudam. Temos o direito de mudar de opinião, de credos e, diferentemente dos conceitos vistos em alguns blogs por aí, nos arrependermos do passado.
Sérgio Rodrigues (ele mais uma vez) em seu blog "Todoprosa" (não confunda com o blog da postagem anterior) referiu-se ao episódio no dia 15/08/06:
"Grass, autor de “O tambor”, é – ou era? – um dos principais nomes do movimento artístico que ficou conhecido como Vergangenheitsbewaeltigung (algo como “acertando as contas com o passado”)."
Imagino que o escritor alemão passou esses 61 anos acertando as contas com o seu passado. Ainda bem que o fez.
E no mais, não conheço ninguém que, com 17 anos de idade, não tenha feito besteiras, que não tenha acreditado em ideologias duvidosas, que não tenha ofendido alguém ou desrespeitado leis.
Eu mesmo já fiz tanta cagada. Já fiz muitas piadinhas racistas, já fiz comentários homofóbicos, já briguei na rua, já bebi além da conta e dirigi, já roubei cigarros no supermercado,...
Se eu não acreditasse na reversão de conceitos e no aprimoramento da índole, estava f...
Acredito que hoje, eu e Grass, somos pessoas melhores.
Deixo para vocês a biografia do autor alemão no Wikipédia que, como toda boa enciclopédia, se atem aos fatos (cita o passado nazista mas não tece julgamentos).
Desde o dia 15/08, os jornais alemães estampam em suas manchetes a polêmica sobre a confissão tardia feita por Günter Grass assumindo ter integrado a Waffen-SS, tropa de elite de Hitler, aos 17 anos de idade.
Zuenir Ventura, no primeiro parágrafo de sua coluna do dia 29/08/06 no "no mínimo", escreve:
"Acho que o primeiro a estabelecer a conexão entre o ex-planeta Plutão e o romancista alemão Günter Grass foi Luis Fernando Verissimo: “Taí. Plutão não era planeta e Günter Grass era nazista”, escreveu o cronista. Os dois perderam o que custa a ser construído, uma boa reputação: um ao ser rebaixado da primeira divisão do Sistema Solar e o outro ao confessar que, quanto tinha 17 anos, pertencera às Waffen SS, tropas de elite de Hitler. No primeiro caso, foram precisos 76 anos para se descobrir o engano. No segundo, o Prêmio Nobel demorou 61para fazer sua confissão."
Interpreto a tirada do Veríssimo de outra forma: As coisas mudam, pessoas mudam. Temos o direito de mudar de opinião, de credos e, diferentemente dos conceitos vistos em alguns blogs por aí, nos arrependermos do passado.
Sérgio Rodrigues (ele mais uma vez) em seu blog "Todoprosa" (não confunda com o blog da postagem anterior) referiu-se ao episódio no dia 15/08/06:
"Grass, autor de “O tambor”, é – ou era? – um dos principais nomes do movimento artístico que ficou conhecido como Vergangenheitsbewaeltigung (algo como “acertando as contas com o passado”)."
Imagino que o escritor alemão passou esses 61 anos acertando as contas com o seu passado. Ainda bem que o fez.
E no mais, não conheço ninguém que, com 17 anos de idade, não tenha feito besteiras, que não tenha acreditado em ideologias duvidosas, que não tenha ofendido alguém ou desrespeitado leis.
Eu mesmo já fiz tanta cagada. Já fiz muitas piadinhas racistas, já fiz comentários homofóbicos, já briguei na rua, já bebi além da conta e dirigi, já roubei cigarros no supermercado,...
Se eu não acreditasse na reversão de conceitos e no aprimoramento da índole, estava f...
Acredito que hoje, eu e Grass, somos pessoas melhores.
Deixo para vocês a biografia do autor alemão no Wikipédia que, como toda boa enciclopédia, se atem aos fatos (cita o passado nazista mas não tece julgamentos).
Para os etimologistas de plantão, uma boa dica é o blog "A palavra é..." contido no portal "no mínimo". Escrito por Sérgio Rodrigues (já citado neste blog), consegue, com boa dose de humor, identificar as origens de várias palavras em voga.
O Pandora Internet Radio não é nenhuma novidade, mas há muito tempo não usava-o. O aplicativo faz parte do Music Genome Project, um projeto para traçar os laços "genéticos" da música. Parece história de cientista maluca, mas na verdade é uma forma criteriosa de organizar músicas por similaridade sonora. Os critérios utilizados são bastante objetivos e técnicos, o que garante uma grande sintonia entre o gosto do ouvinte e as músicas de cada estação.
Quer um exemplo? Digitei Nina Simone no campo "artista" e o Pandora me apresentou a seguinte seqüência de músicas:
1. To love somebody - da própria Nina
2. I tohught about you - Nancy Wilson
3. I wanna be around - Peggy Lee
4. Some other spring - Carmen McRae
5. If you are mine - Ray Charles
6. Falling - Roy Orbison (não gostei da similaridade e informei que não gostei - sim, no pandora você é responsável pelo banco genético de cada estilo.)
7. Your mind is on vacation - Mose Alisson (agi da mesma forma que com Roy Orbison)
8. Sally Green - The Jesters - não gostei do "caminho" genético adotado, (talvez por ter aprovado o Ray Charles - que é ótimo, mas tem pouca similaridade com a Nina Simone) e pedi para adicionar mais fontes à estação. Adicionei Ella Fitzgerald na estação.
9. God bless the child - Cal Tjader - não conhecia e adorei - o Pandora também é ótimo para descobrirmos novos sons.
10. Stormy Weather - Billie Holiday - Ótima
11. Just when we’re falling in love – Ella Fitzgerald
12. If I should lose you – Nina Simone
13. Spanish Harlen – Laura Nyro
14. He’s funny that way – Billie Holiday
15. Carelessly – Teddy Wilson – mais uma desconhecida, mas ótima.
16. The man I love – Peg La Centra
17. Strange Fruit – Billie Holiday
18. Honeysuckle Rose – Sarah Vaughan – já estava sentindo falta dela nesta rádio
19. Someone to watch over me – Mila Drumke – desconhecida por mim, mas que é muito boa para dançar.
20. ..... estou até agora “viajando nas músicas”. Se quiser escutar esta rádio clique aqui.
O Banco de dados é enorme. A qualidade do som é excelente, muito melhor que a maioria das rádios que utilizam streaming e cada faixa é carregada on-demand, praticamente sem piques na audição.
A única falha
Infelizmente, a licença do Pandora para tocar as músicas, limita o número de faixas que você pode “pular” em cada hora. Mas o set list apresentado é tão bom, que isso não deverá incomodar os menos inquietos.
Dicas
O Pandora foi desenvolvido somente para o mercado norte americano, mas basta que você informe no cadastro um zip code qualquer (ex: 10168).No momento de aprovar ou não cada faixa, pense na similaridade com o que você gostaria de continuar ouvindo e não no seu gosto particular. Ou seja, se você gostou do artista, mas não sentiu similaridade com a estação, é melhor abrir uma nova estação com ele.
Quer um exemplo? Digitei Nina Simone no campo "artista" e o Pandora me apresentou a seguinte seqüência de músicas:
1. To love somebody - da própria Nina
2. I tohught about you - Nancy Wilson
3. I wanna be around - Peggy Lee
4. Some other spring - Carmen McRae
5. If you are mine - Ray Charles
6. Falling - Roy Orbison (não gostei da similaridade e informei que não gostei - sim, no pandora você é responsável pelo banco genético de cada estilo.)
7. Your mind is on vacation - Mose Alisson (agi da mesma forma que com Roy Orbison)
8. Sally Green - The Jesters - não gostei do "caminho" genético adotado, (talvez por ter aprovado o Ray Charles - que é ótimo, mas tem pouca similaridade com a Nina Simone) e pedi para adicionar mais fontes à estação. Adicionei Ella Fitzgerald na estação.
9. God bless the child - Cal Tjader - não conhecia e adorei - o Pandora também é ótimo para descobrirmos novos sons.
10. Stormy Weather - Billie Holiday - Ótima
11. Just when we’re falling in love – Ella Fitzgerald
12. If I should lose you – Nina Simone
13. Spanish Harlen – Laura Nyro
14. He’s funny that way – Billie Holiday
15. Carelessly – Teddy Wilson – mais uma desconhecida, mas ótima.
16. The man I love – Peg La Centra
17. Strange Fruit – Billie Holiday
18. Honeysuckle Rose – Sarah Vaughan – já estava sentindo falta dela nesta rádio
19. Someone to watch over me – Mila Drumke – desconhecida por mim, mas que é muito boa para dançar.
20. ..... estou até agora “viajando nas músicas”. Se quiser escutar esta rádio clique aqui.
O Banco de dados é enorme. A qualidade do som é excelente, muito melhor que a maioria das rádios que utilizam streaming e cada faixa é carregada on-demand, praticamente sem piques na audição.
A única falha
Infelizmente, a licença do Pandora para tocar as músicas, limita o número de faixas que você pode “pular” em cada hora. Mas o set list apresentado é tão bom, que isso não deverá incomodar os menos inquietos.
Dicas
O Pandora foi desenvolvido somente para o mercado norte americano, mas basta que você informe no cadastro um zip code qualquer (ex: 10168).No momento de aprovar ou não cada faixa, pense na similaridade com o que você gostaria de continuar ouvindo e não no seu gosto particular. Ou seja, se você gostou do artista, mas não sentiu similaridade com a estação, é melhor abrir uma nova estação com ele.
segunda-feira, 4 de setembro de 2006
Em virtude da comoção geral causada pelo show do Jamie Cullun em BH, preparei uma lista para a Dé conhecer um pouco mais das influências do rapazinho.Quem gosta do Jamie deve ouvir. No final acho que vão gostar mais dos coroas que do "babyface".
1 - Começando por Bobby Darin o "bom moço" da época.
2 - Em seguida, Mr. Blue Eyes - Frank Sinatra, talvez o melhor exemplo comparativo.
3 - Paolo Conte, um italiano, compositor, cantor e advogado. Também pode ser ouvido nos filmes "Mickey Blue Eyes" (1999) e "French Kiss" (1995).
4 - Louis Prima, esse italo-americano transbordava swing com sua big band.
5 - Dean Martin, conhecido parceiro de Frank Sinatra e por seus papeis de galã no cinema, é meio canastrão mas manda bem.
6 - Nat King Cole, talvez os mais jovens só se lembrem dele na parceria póstuma com sua filha Natalie Cole (Unforgetable).
7 - Bobby Darin mais uma vez, só que agora com o standart de Louis Armstrong.
8 - Harry Connick Jr, cria destes todos mas com paternidade mais próxima de Frank Sinatra.
9 - Pra alegrar a Dé, vai o hit do Jamie.
10 - E para encerrar, Louis Armstrong na mais gostosa música para dançar já gravada. Lógico que com ajuda da brilhante Ella Fitzgerald.
Ouça aqui.
1 - Começando por Bobby Darin o "bom moço" da época.
2 - Em seguida, Mr. Blue Eyes - Frank Sinatra, talvez o melhor exemplo comparativo.
3 - Paolo Conte, um italiano, compositor, cantor e advogado. Também pode ser ouvido nos filmes "Mickey Blue Eyes" (1999) e "French Kiss" (1995).
4 - Louis Prima, esse italo-americano transbordava swing com sua big band.
5 - Dean Martin, conhecido parceiro de Frank Sinatra e por seus papeis de galã no cinema, é meio canastrão mas manda bem.
6 - Nat King Cole, talvez os mais jovens só se lembrem dele na parceria póstuma com sua filha Natalie Cole (Unforgetable).
7 - Bobby Darin mais uma vez, só que agora com o standart de Louis Armstrong.
8 - Harry Connick Jr, cria destes todos mas com paternidade mais próxima de Frank Sinatra.
9 - Pra alegrar a Dé, vai o hit do Jamie.
10 - E para encerrar, Louis Armstrong na mais gostosa música para dançar já gravada. Lógico que com ajuda da brilhante Ella Fitzgerald.
Ouça aqui.
sexta-feira, 1 de setembro de 2006
Sexta-feira, o final de semana já começou!Abro uma exceção na abstinência pingólatra, para uma Bento Velho com torresmo. Só pra lembrar de Conceição do Mato Dentro. Terra do Tabuleiro, do pastel de angú, do Seu Xisto, do Rabo de Cavalo, do Salão de Pedras, do Velho Majó, da Dona Mirtila, de Bom Jesus do Matozinhos, de Ponce de Leon...
Robs, gostei da idéia "Ajuda não cai do céu". Das alternativas, é a melhor.
O "tal de Long Tail" que te expliquei (ou tentei), pode ser melhor compreendido no Braincast#9 (o podcast do Brainstorm#9).
O "tal de Long Tail" que te expliquei (ou tentei), pode ser melhor compreendido no Braincast#9 (o podcast do Brainstorm#9).
Mais uma dica legal da Luiza Voll."O Núcleo Jovem da Abril realizou um incrível trabalho de pesquisa sobre o jovem brasileiro. Na pauta, tendências, comportamento, consumo e design. Essencial para quem trabalha para o público jovem ou quer entender melhor esses incompreendidos. Confira toda a pesquisa no link "Novos Consumidores" aqui"
Desde 1997, quando assisti à palestra de uma psicóloga organizacional (talvez a única que mereça ter o nome lembrado, mas que por bloqueio eu esqueci - desculpe Sra. Psiquiqui Relevante) (Cláudia, Carol e Cacilda vão querer me esganar) comecei a me interessar pelo tema das gerações e seus hábitos de consumo e trabalho. Baby Boom, Geração Hippie, Geração X (no future), Geração Y (Wall Street e Mont Blanc)… e agora??? Vem essa turma nova voltando ao artesanato, design, long tail, produção por demanda, “mente global e alma local”.
Atrasado como sempre!Ontem foi o Blog Day. Não confunda com a data de "inveção" do "blog". Essa data foi escolhida devido à sua similaridade com a escrita BLOG, ou seja 3I09.
Durante o dia 31 de Agosto, bloggers de todo o mundo farão um post a recomendar a visita a novos blogs, de preferência, blogs de cultura, pontos de vista ou atitude diferentes do seu próprio blog. Nesse dia, os leitores de blogs poderão navegar e descobrir blogs desconhecidos, celebrando a descoberta de novas pessoas e novos bloggers.
Minhas 05 dicas:
1 - Favoritos! - Blog da Luiza Voll - Modernidades, esquisitices, curiosidades, design, e outras coisitas mais.
2 - Brainstorm#9 - Publicidade e marketing.
3 -... e assim tudo começou... - Blog da Nádia Lopes - Essa gaúcha é poetisa de mão cheia, mãe dedicada, colunista do "qualeaboa.com", e uma palavra amiga para todas as horas.
4 - Janela da Alma - Blog da Dé - Não podia esquecer quem me influenciou a entrar na blogosfera.
5 - Minha Alma Não Cabe no Meu Corpo - O título parece coisa de traveco, mas não se engane... é blog da Dani. Uma alma não contida, transbordando em palavras num corpo virtual.
Por causa do evento, conheci alguns espaços bem bacanas:
Confessionário do Padre Levedo - Humor sacro.
Duas Fridas - Duas cariocas / Duas jornalistas / Duas mães / Duas cores / Duas vidas, unidas pelo acaso / Duas semelhanças / Duas diferenças / Duas Fridas
A vitrola da BethS - Beth salgueiro e suas playlists.
Blog de Risco
Vista da Cidade
Ontem, por acaso, conheci a loja do velho-amigo-tattuador-gente-boa Bozó (um-olho-no-peixe-outro-no-gato).A loja é da griffe Saravá (sociedade dele com o Camboja) e está no mercado desde o final de 2003.
As camisetas estão em liquidação e a que mais gostei tem uma frase com referências tão explícitas que não preciso nem explicar:
"Dadinho o caralho! Meu nome é Dizioli!!!"
P.S.: Devido à estes dois últimos posts, este blog está parecendo revistinha do mondo fashion com matérias pagas, mas garanto que só recomendo coisas que gosto realmente. Mas ajudar os amigos não custa nada. Uma mão lava a outra e as duas lavam o rosto.
P.S.2: Se você não conhece o delicioso Dizioli (e não Dadinho) clique aqui.
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