sexta-feira, 16 de maio de 2008

 

Para matar a saudade e aquecer a alma, hoje vai ter Barszcz (Sopa de Beterraba)...

3 beterrabas médias
- 1 tomate
- 1/2 cebola
- 1 cenoura
- 2 folhas de louro
- 1 tablete de caldo de galinha
- 5 grãos de pimenta preta
- 1 1/2 colher de sopa de vinagre
- 1/2 colher de sopa de açúcar
- 300 g de costelinha de porco defumada
- 300 g de lingüiça calabresa
- salsinha e sal a gosto
- 1 colher de sopa de farinha de trigo
- 250 g de creme de leite sem soro

Beterrabas descascadas, expondo seu sumo rubro e doce, cortada em pedaços como coração desiludido, acrescento o açúcar (filho voltando ao seio da mãe primeira), misturo bem e deixo em separado.

Fervo as costelinhas e a lingüiça; retiro a pele, deixo-a nua, fatio em rodelas imaginando dobrões do seu tesouro.

Cebola, cenoura e tomate cortados em pedaços pequenos, todos iguais, cientes da sua importância homogênea na composição de uma noite de afeto. Todos eles banham-se em água fervente, orgia de sabores. Só ficam de fora o creme de leite e a farinha, voyeurs. Beterrabas cozidas ... coração já amaciado e um pouco descorado por ter cedido muito. Uma vida em 40 minutos. Antes de desligar, a farinha perde a censura e une-se ao grupo, devidamente dissolvida em água, pois quer participar da festa, não quer se sentir rejeitada. Em apenas 2 minutos ela está incorporada, agregou textura ao caldo, sua alma sempre foi densa. Quase no clímax, o creme de leite se joga no banquete, apaga o fogo e cobre todos em lençóis de cetim.


 
Relembrando Ana Cristina César:

"Tenho uma folha branca
e limpa à minha espera:
mudo convite

tenho uma cama branca
e limpa à minha espera:
mudo convite

tenho uma vida branca
e limpa à minha espera:"

 

Programa Sentido Literal

Uma ótima produção da TV Pitágoras - Campus Metropolitana de Londrina, este programa comprova a qualidade possível em uma TV Universitária.
O conteúdo passeia por Mário de Andrade, Nietzsche, Ana Cristina César e muito mais.
Veja o programa Sentido Literal aqui.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

 
Reproduzo aqui (dissonante do Edney e sua louvável campanha “Blogagem Inédita”) um texto bacana do Cláudio Vigo.
Mas mesmo antes do texto, já teço algumas considerações superficiais (para atrair um pouco a curiosidade de leigos para o extenso texto).
1. Apesar de válida a comparação, não a interpreto como nada sobrenatural ou estranha. A semelhança é perfeitamente explicável uma vez que Jim Morrison era fascinado pela obra do francês. É o que chamamos por fonte inspiração, bagagem cultural, etc.
2. Sempre percebi a identidade do The Cult (banda de Ian Astbury) e a fixação do Jim Morrison pelos seus pseudos ancestrais indígenas. Lógico que a semelhança é só essa. Gostei do primeiro disco do Cult quando o Cristiano Seixas me aplicou, mas foi só isso.
3. Quando do lançamento do filme de Oliver Stone, fiquei, ao mesmo tempo, orgulhoso e enciumado com a popularização do ícone o qual eu conhecia tanto. Antes do filme me sentia bastante up-to-date, mas depois me senti como um lugar comum.
4. Confesso que grande parte do meu charme alardeado na adolescência foi inspirado (chupado) do Jim Morrison. O que me rendeu bons frutos.
5. Confesso que já vesti uma camiseta com a estampa do Jim Morrison.
6. Mas orgulho-me de já ser fã do Rimbaud antes de conhecer a produção do Rei Lagarto.


Rimbaud e Morrison
É triste, mas verdadeiro: a grande maioria das pessoas passa por esta vida imersa na multidão, cumprindo prazos, pagando contas, morrendo de medo do futuro e idealizando um passado remoto que é na maioria das vezes uma montoeira de seqüelas. Outros (poucos, loucos e raros) desafiam, desafinam este coro de contentes descontentes. Jean Arthur Rimbaud no séc XIX e Jim Morrison no séc XX, entre outras almas solitárias e radicais, chegaram na beira do abismo e resolveram experimentar que gosto tinha o pulo.
Pagaram caro, a ousadia de queimar em pouco tempo todos os cartuchos. Algumas coincidências, nestes percursos, são fascinantes. Anjos caídos de um inferno particular apontaram para o futuro e tocaram (sem a mínima cerimônia) os atalhos do absoluto.
Wallace Fowlie é atualmente um homem de muita idade. Nascido em 1918 é professor Emérito de Literatura Francesa da cátedra James.B. Duke da Duke University. É autor e tradutor de mais de trinta livros, dentre eles a Obra Completa de Rimbaud vertida para o inglês. Um erudito especializado em Proust, Claudel, Stendhal, Dante etc, e que nunca tinha tido sequer a curiosidade de escutar um disco de Rock'N'Roll até que recebeu uma carta curta que o deixou um tanto surpreendido: "Caro Wallace Fowlie, simplesmente queria agradecer-lhe pela tradução de Rimbaud. Eu precisava porque não leio francês tão facilmente(...) Sou cantor de Rock e seu livro me acompanha nas turnês. Jim Morrison".
No dia seguinte perguntou a seus alunos se alguém ali conhecia este cantor, para ele totalmente anônimo. A turma ficou muda e perplexa com tamanha ignorância. Ele então resolveu checar e arrumou os discos do The Doors para conferir. O fascínio com o radicalismo das letras de Morrison e a idolatria de seus alunos o transformaram em um inesperado admirador e daí em diante um estudioso de mais um poeta, mais um outsider que ao invés de ficar restrito aos livros e ao público leitor de poesia era um popstar de primeira grandeza, um ídolo de multidões ensandecidas que sonhava em ter sua obra literária reconhecida e que assim como Rimbaud dentro de muito pouco tempo ia chegar em um beco sem saída e pular fora (drop out) de tudo.
"O poeta torna-se vidente através de um longo desregramento de todos os sentidos". Isto parece saído da boca de Morrison, mas foi escrito por Rimbaud quase um século antes e estas afinidades estão bem claras no livro lançado agora aqui no Brasil chamado Rimbaud e Jim Morrison, de Wallace Fowlie (Ed Campus -2004), onde o autor faz um paralelo bastante interessante e instigante sobre as coincidências de vida e obra destes dois radicais do espírito. Bem didático e, claro, não traz muitas novidades para quem está acostumado com as duas obras, mas serve como excelente introdução para vôos maiores.
Jean-Nicolas Arthur Rimbaud nasceu a 20 de outubro de 1854 em Charleville França e entre os quinze e dezenove anos (quando abandonou a literatura) escreveu uma obra fascinante e revolucionaria, que flertou com todos os abismos possíveis e imagináveis. Precursor do modernismo, surrealismo e influenciador de multidões de escritores posteriores, é hoje o poeta francês mais lido em todo o mundo. Após esta juventude regada a absinto, loucuras variadas, um escandaloso e rumoroso caso com o laureado poeta Verlaine e de freqüentar a nata da intelectualidade Parisiense, resolve abandonar tudo e se isola na África, onde se transforma em traficante de armas e passa a viver de expedientes diversos. Em 10 de novembro de 1891 morre em Marselha em decorrência de um câncer, inteiramente desligado do cenário poético do seu tempo.
Henry Miller, mais um destes loucos radicais de seu tempo, também lhe dedicou um pequeno, mas excelente livro - A Hora dos Assassinos - um estudo sobre Rimbaud (L&PM -2004), onde faz um apanhado de sua experiência pessoal à bordo das viagens do enfant terrible do nomadismo da alma. "E dizer que foi um mero garoto que abalou os ouvidos do mundo! A aparição de Rimbaud sobre a terra não tem qualquer coisa de simplesmente milagrosa, como o despertar de Gautama ou a aceitação da cruz por Cristo ou a incrível libertação de Joana DArc? Interprete-se a sua obra como se preferir, explique-se a sua vida como se quiser, a verdade é que não há como lhe reduzir a importância. O futuro, mesmo que não exista, lhe pertence".
Pois Jim Morrison, a exemplo de Rimbaud, também é uma lenda maior do que si mesmo e foi leitor voraz de toda sua obra, assim como desta pequena jóia escrita por Henry Miller. Como não imaginar o fascínio que o radicalismo e principalmente o exílio de Rimbaud traziam a Morrison? Muitos de seus fãs mais exaltados crêem com convicção que o Rei Lagarto ainda está vivo em alguma África distante livre do desespero da disponibilidade de se pôr à beira do abismo, dos transtornos da criatividade e do desregramento de todos os sentidos. As portas da percepção quando abertas podem se tornar insuportáveis e os analgésicos para isto podem incluir as drogas ou simplesmente o abandono, seja dos atalhos escritos e descritos ou mesmo da vida, do inferno em que se meteu.
Como diz Fowlie: "Rimbaud usou a palavra inferno em sentido Teológico. Ele só queria passar uma temporada ali, porque sabia que no inferno não se tem energia para nenhuma mudança positiva. Jim Morrison entenderia o significado da palavra inferno, muito embora não a tenha usado. Ele foi um exemplo deste dom de mudança que os jovens possuem. E possuem também um olhar mais aguçado do que o dos mais velhos para o que se encontra apodrecido na sociedade e, por isso, sentem a urgência de purifica-la atacando a chaga da apatia, que impede as mudanças e o desenvolvimento de uma personalidade mais sã".
Conheci o The Doors no final dos anos 70, época em que estavam praticamente esquecidos. Era relativamente pouco comum encontrar um disco deles e mais raro ainda quem gostasse. Fiquei bastante impressionado, mas entendi muito pouco o que aquilo tudo representava. Era mais uma banda de rock onde o cantor havia morrido de overdose e só. Com o passar do tempo e os interesses se modificando, me caiu nas mãos uma tradução de Uma temporada no Inferno, Iluminações e do Barco Bêbado de Rimbaud. O impacto destas leituras foi imediato e aquelas imagens um tanto desconexas e dilaceradas foram ficando como se fossem uma tatuagem interna. O fascínio de saber que aquilo tudo tinha sido produzido por um moleque um pouco mais novo do que eu e que havia abandonado tudo me intrigava como me fascina até hoje.
Os anos 80 foram pródigos para o culto ao mito Jim Morrison. O renascimento da literatura beat, a inclusão na trilha sonora do Apocalipse Now de Coppola e a regravação de suas músicas por ídolos da época como Billy Idol e Echo & The Bunnymen foram como um rastilho de pólvora e um fósforo. Ao perceber as influências de Niezstche, Huxley, Blake, etc, e principalmente ao conhecer seus poemas no disco póstumo An American Prayer me tornei um fã exaltado. Em pouco tempo estavam disponíveis e relançados todos seus discos e inúmeros livros, biografias e a tradução de seus poemas. O filme de Oliver Stone só fez expandir esta idolatria pelos quatro cantos do mundo. As romarias a seu túmulo no Pere-Lachaise demonstram isso. Seus discos vendem bastante ainda. Jim Morrison e suas calças de couro se transformaram em um ícone da rebeldia juvenil, assim como os pôsteres de Lennon, Guevara, James Dean e Marilyn Monroe. Uma bela estampa para camiseta. Vejam só a ironia terrível do destino. O cordeiro que se imolou em busca do mel escondido atrás do arco íris, que se jogou de frente contra todos os mercantilismos, se tornou depois de morto uma mercadoria altamente rentável.
Cadáver insepulto, seja pelos chamados da galera que joga vinho e baseados em sua última morada como no renascimento da banda (cover de si mesma) que Manzarek e Krieger resolveram montar com Ian Astbury emulando uma espécie de fantasma da ópera. Sei que passaram por aqui, mas resolvi não conferir, creio que fosse me decepcionar.
Rimbaud foi para Morrison uma imagem, uma meta recorrente, talvez Paris tenha sido a sua África, um porto distante, o preparo para um salto que o faria sair da obra e cair na vida. Parece que não deu tempo.
"O tédio não é mais meu amor. O furor, a devassidão, a loucura, dos que conheço todos os impulsos e calamidades - Todo meu fardo foi arriado. Apreciemos sem vertigens a extensão de minha inocência".
Rimbaud


"Já não temos dançarinos, os possessos.
A clivagem dos homens em atores e espectadores
É o fato crucial do nosso tempo. Obcecam-nos
Heróis que por nós vivem e nós punimos.
Ah! Se todas as rádios e televisões fossem
Desligadas, e todos os livros e quadros
Queimados já, todas as salas de espetáculos encerradas...
Essas artes de viver por procuração...
Contentamo-nos com a oferta, na nossa procura de
Sensações.Deu-se a metamorfose do corpo enlouquecido
Pela dança nas colinas num par de olhos
Rasgando a treva.
Jim Morrison


Para nós o que sobra? Algumas trilhas e um par de enigmas. Quantos caminhos nos levam para a África de cada um ou para o frio de amanhecer dentro de uma banheira em Paris?
Se a "punição" é seguir em frente, alguns abandonaram, pela intensidade, no meio. Queimaram rápido demais e as cinzas continuam no ar. Apontando onde seguir.
Como já disse, os ardores do futuro antevisto são para loucos, poucos e porque não... raros.

terça-feira, 11 de março de 2008

 

Inspiração orkutniana repentina



quarta-feira, 5 de março de 2008

 

Welcome back my friends, to the show that never ends

citação do título... ELP
Ressurgindo das brumas da rotina, há algum tempo embaçado pelo cotidiano corporativo, o MIMEÓGRAFO alucinadamente me chama e exige minha atenção... TUDO AO MESMO TEMPO, AGORA....
Incomodado, comecei a resgatar leituras diárias esquecidas... logo de cara encontrei
Beth Salgado (leitura predileta quando o assunto é amenidades musicais)


(enquanto escrevo.... um som me desvia a atenção... Badi Assad - Butterfly... espetáculo, mas acabou...)


A Beth me lembra...
Tem Maria Bethânia & OMARA PORTUONDO Grande Teatro do Palácio das Artes, Av. Afonso Pena, 1.537, Centro, (31) 3236-7400. 4 e 5 de abril, 21h. Inteira: R$ 160 (platéia 1), R$ 140 (platéia 2) e R$ 120 (balcão)

Automaticamente remetido à lembrança sobre um alardeado documentário sobre CUBA que anseio em ver... Conheço muito bem a diretora, sei que é linda, charmosa e inteligente, mas o filme... necas. Sempre alguma desculpa ("não tenho cópias", "o original sumiu", etc.). Coisa de escritor que guarda seus manuscritos na gaveta debaixo de sete chaves.
Será que nem a queda de Fidel ou a presença de Omara vão desenterrar esse documentário?

Além disso, a Beth nos relata algo significante para os amantes da história da música...

"A maior coleção de discos de discos do mundo está à venda pela internet. É o acervo de um senhor de nome Paul Mawhinney, de Pittsburgh, Estados Unidos, amorosamente colecionado ao longo de 50 anos e que inclui LPs de 78 rotações, EPs e compactos de 45 polegadas, além de 300 mil CDs – representando todos os gêneros da musica americana: rock, jazz, country, R&B, blues, new age, folk, e até músicas de natal e canções infantis."


ÚLTIMOS FILMES VISTOS (e dignos de comentários)

"Quando Otar partiu..."


Muito bom. Fotografia legal (atentar para a cena na roda gigante).... a ferrugem da cortina de ferro. Lembra "Adeus, Lenin" e "Estamos todos bem".


"All the King`s Men"

Mais uma vez, Sean Penn demonstra seu talento (aprendido ou não). Ótimo filme.

P.S.: Os diretores hoje em dia, mesmo que recém saidos da faculdade, concorrem entre si com "new ideas" e a sede pelo sucesso, transcende o desejo pelo grande público.

Vale a pena ver tudo que tem o toque do Sean Penn, como ator, diretor, produtor, etc....


"Lugares Comuns"

Um filme maravilhoso, com ótimos diálogos. Mais um bom exemplo da boa safra do cinema argentino e de que crises econômicas e sociais costumam gerar obras de arte.

Um filme para professores e aprendizes, pais e filhos, escritores e leitores.

Atençao especial aos pensamentos de Fernando, onde se encontra a essência do filme.




"A Desconhecida"
Nem sempre um Tornatore é um Tornatore.... e isso é bom.

Impossível comparar este filme aos outros do diretor (Cinema Paradiso, Estamos Todos Bem, Malena...). Fugindo dos padrões um pouco melodramáticos, Tornatore passeia pelo suspense com o talento de sempre.

A música, do imbatível Ennio Morricone, é um espetácular. Grande parte da sensação incômoda do filme é gerada pela trilha. Podemos "ver" o filme de olhos fechados.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

 

Novo portal Associados Minas


Os Associados Minas lançam portal de relacionamento. O lançamento será feito pelo grupo em Minas Gerais e Distrito Federal inicialmente. O portal precisa ganhar um nome que caracterize todo o seu conteúdo colaborativo e de entretenimento, por isso, os Associados vão buscar a ajuda de todos os seus leitores, telespectadores, ouvintes e internautas para encontrar uma identidade nominal para o portal, que por enquanto será apenas como www.eunaotenhonome.com.br .
Desde 18 de fevereiro, o hotsite recebe sugestões de nomes.

Escolha do nome
Qualquer pessoa pode acessar e inventar quantos nomes quiser. As idéias podem ser enviadas até 2 de março. Posteriormente, os cinco melhores nomes enviados serão selecionados para a votação popular. A partir do dia 10, os autores dos cinco nomes finalistas utilizarão o portal, que também estreará neste dia, mas ainda sem identificação, para defender seu nome. Ou seja, todos os finalistas terão que justificar por que é importante escolher o nome sugerido por cada um e não o do adversário. Para isso, poderá ser utilizado toda estratégia de guerrilha hoje disponível no meio web, como as ferramentas do portal: vídeo, áudio, foto, texto e os formatos que cada um é capaz de inventar. O autor do nome vencedor será premiado com uma viagem de 7 noites com direito a levar 3 acompanhantes. E como tudo nesta história é interativo, nada como deixar o próprio vencedor escolher a viagem que mais combina com os seus sonhos e de sua família ou seus amigos. Ele poderá optar entre cinco destinos: Bonito, Lençóis Maranhenses, Jericoacoara, Santiago e Buenos Aires, juntos, e Punta Del Leste.

Eu não tenho nome
O portal elaborado pelos Associados junto com o público pretende ser um espaço de interatividade constante. Uma oportunidade de relacionar as mais modernas atividades surgidas no mundo on line com ações e criações de todos na vida real. Um lugar para bate-papos sobre cotidiano, fórum de discussão, geração de comunidades, podcast, blog, variedades, entretenimento e um diretório, para que cada pessoa possa incluir ainda outros tipos de contéudo, já que neste portal, todos literalmente poderão colocar a mão na tecla ou no mouse.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

 

O meio faz o homem ou o homem faz o meio?


Quem viu o filme "La Môme Piaf", pode ter percebido, logo no início, a ansiedade da francesa por conhecer a americana Billie Holiday. Uma ansiedade talvez motivada pelo sentido de auto reconhecimento na imagem alheia, pela sensação de serem almas gêmeas transoceânicas, um reflexo transcontinental.
Esta passagem, seja ela fidedigna ou fictícia, me faz voltar a uma velha indagação que associa martirio e criação, sofrimento e inventividade, provações e talento, angústia e arte.

Como a intenção aqui não é buscar sentido, muito menos mastigar teorias, deixo que vocês tirem suas próprias conclusões.... ou inconclusões.
O angustiado é um sedento
que sacia no sal
seu tormento.

Billie Holiday (Filadélfia, 7 de Abril, 1915 — Nova Iorque, 17 de Julho, 1959), Lady Day para os fãs, é por muitos considerada a maior de todas as cantoras do jazz.

Nascida Eleanor Fagan Gough, foi criada em Baltimore por pais adolescentes. Quando nasceu, seu pai, Clarence Holiday, tinha quinze anos de idade e sua mãe, Sara Fagan, apenas treze . Seu pai, guitarrista e banjista, abandonou a família quando Billie ainda era bebê, seguindo viagem com uma banda de jazz. Sua mãe, também inexperiente, freqüentemente a deixava com familiares.

Menina americana negra e pobre, Billie passou por todos os infortúnios possíveis. Aos dez anos foi violentada por um vizinho, e internada numa casa de correção. Aos doze, trabalhava lavando assoalhos em prostíbulo e aos catorze anos, morando com sua mãe em Nova York, caiu na prostituição.

Sua vida como cantora começou em 1930. Estando mãe e filha ameaçadas de despejo por falta de pagamento de sua moradia, Billie sai à rua em desespero, na busca de algum dinheiro. Entrando em um bar do Harlem, ofereceu-se como dançarina, mostrando-se um desastre. Penalizado, o pianista perguntou-lhe se sabia cantar. Billie cantou e saiu com um emprego fixo.

Após três anos cantando em diversas casas, atraiu a atenção do crítico John Hammond, através de quem ela gravou seu primeiro disco, em companhia de Benny Goodman. Era o real início de sua carreira. Atingiu a celebridade, apresentando-se com as orquestras de Duke Ellington, Teddy Wilson, Count Basie e Artie Shaw, e ao lado de Louis Armstrong.

Billie Holiday foi uma das mais comoventes cantoras de jazz de sua época. Com uma voz etérea, flexível e levemente rouca, Sua dicção, seu fraseado, a sensualidade à flor da voz, expressando incrível profundidade de emoção, a aproximaram do estilo de Lester Young, com quem, em quatro anos, gravou cerca de cinqüenta canções, repletas de swing e cumplicidade.

A partir de 1940, apesar do sucesso, Billie Holiday, sucumbiu ao álcool e às drogas, passando por momentos de depressão, refletindo em sua voz.

Pouco antes de sua morte, Billie Holiday publicou sua autobiografia, Lady Sings the Blues, a partir da qual foi feito um filme, em 1972, tendo Diana Ross no papel principal.

Billie Holiday só ganhou a devida fama e respeito após sua morte. Para conhecer sua vida não é preciso ler nenhuma biografia, mas apenas ouvir sua voz interpretando as centenas de preciosidades que deixou gravada.




Édith Giovanna Gassion, mais conhecida como Édith Piaf, (Paris, 19 de dezembro de 1915 - Grasse, 10 de outubro de 1963) foi uma cantora francesa reconhecida internacionalmente pelo seu talento no estilo francês da chanson.

Edith Giovanna Gassion nasceu na Belleville, Paris (um bairro de imigrantes). Sua mãe Annetta Giovanna Maillard, era de ascendência italiana e cantava em café com o pseudônimo de Line Marsa. Seu pai Louis-Alphonse Gassion era acrobata de rua e tinha um passado teatral. Quando pequena Edith, foi deixada por um curto período com a avó materna, pouco depois seu pai a buscou entregando a mãe e foi servir o Exército Françês (em 1916). A mãe na época trabalhava em um bordel, o que fez com que Edith tivesse contato com prostitutas e seus clientes, o que ocasionou nela um profundo impacto em sua personalidade e visão sobre a vida.

Em 1929, Edith começou a cantar e se junta ao pai em suas acrobacias de rua. Não demorou muito ela já estava cantando pelas ruas sozinha. Aos dezesseis anos, Edith se apaixonou por Louis Dupont com quem teve uma filha, Marcelle, que morreu logo depois de meningite.

Após tentar inutilmente mostrar seu trabalho a algumas gravadoras e editoras, em 1935 ela conhece Louis Leplée, gerente do cabaret Le Gerny's, situado na avenida Champs Élysées, em Paris. Foi ele quem a iniciou na vida artística e a batizou "Piaf" - passarinho. No ano seguinte ela assina contrato com a Polydor e lança seu primeiro disco Les Mômes de la cloche.

Em 1940, Jean Cocteau escreveu a peça Le Bel Indifférent para Piaf. Edith também começa a escrever canções. Durante a ocupação alemã em Paris na época da segunda guerra mundial, ela escreveu seu maior sucesso "La vie en Rose". Em 1951, ela sofreu um acidente de carro que a torna dependente de morfina.

Durante os anos 50, ela excursionou pela Europa, Estados Unidos e América do Sul tornando-se internacionalmente conhecida. Sua popularidade nos Estados Unidos era tão grande que ela apareceu oito vezes no programa de televisão de Ed Sullivan entre 1956 e 1957. E em 1956, ela se apresentou no Carnegie Hall de Nova York.

Édith Piaf está enterrada na mais célebre necrópole parisiense, o cemitério do Père-Lachaise. Seu sepultamento foi acompanhado por uma multidão poucas vezes vista na capital francesa. Hoje, seu túmulo é um dos mais visitados por turistas do mundo inteiro.

Biografias extraidas do Lastfm.com

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

 

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

 

Niemeyer é 9º em lista que reúne 100 "gênios vivos"


Deu no Uai.
"O arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer ficou em nono lugar numa lista que reúne os “100 maiores gênios vivos”, compilada pela empresa de consultoria global Synectics. A lista considerou fatores como aclamação popular, poder intelectual, realizações e importância cultural para eleger os vencedores..."

É bom perceber que minha opinião não é a única.


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