segunda-feira, 20 de março de 2006

 

A lista de Howling (2ª parte)

Muitos desses livros me remetem à minha infância e pré adolescência.
A Fantástica Fábrica de Chocolate e Robinson Crusoé, ganhei de uma leva só num dos habituais passeios com meu pai pela livraria Van Damme, ali na Rua Gajajaras. Será que ainda existe? Numa rápida busca pela web, descubro sorridente que a
Van Damme ainda existe e agora com CDs também.
O vitoriano
Charles Dickens sempre me encantou com seus personagens avarentos e crianças amadurecidas precocemente.
Quando o Colégio Loyola indicou
A Revolta dos Bichos como leitura obrigatória, fiz pouco caso. Afinal já tinha lido "1984" (do mesmo autor) e "Admirável Mundo Novo" (de Huxley). Eu, com a prepotência só cabível à um adolescente, me considerava um passo a frente para a leitura de um livro com título e enredo tão infantis. Ledo engano! O livro é ótimo! Tão bom que, inspirado pela lista de Howling, comprei para minha filha. Espero que ela goste, se interesse pelo escritor e pelo Big Brother (que não é o da TV).
Um dia minha mãe cometeu a besteira de ler para mim um trecho de "O Sol é para Todos ". Isso bastou para que se tornasse uma tarefa obrigatória para ela. Todos os dias ela era obrigada a ler um trecho para mim e quando acabou o livro, pedi que começasse de novo. Adorava aquele livro e tenho até uma foto que comprova esse relato. Eu, menino de uns 07 anos, cabelo de príncipe valente e sorriso banguela, empunhando o livro orgulhosamente. Me alegrei muito ao ver o lvro transposto para o cinema no
filme com Gregory Peck (sendo considerado um dos filmes mais importantes da década de 60).
Os títulos e textos de Salinger sempre me intrigaram. Achava estranha a forma que ele escrevia. O porquê de "O Apanhador no Campo de Centeio" só fui entender quando vi o título em inglês e comecei a Ter uma vaga noção dos termos do baseball. Lembro também que adorava quando meu pai falava pra meninada: "- Pra cima com a viga, moçada!" Nunca tinha entendido o porque daquela frase até descobrir que era uma menção à outro livro do mesmo escritor. Além disso, foi Salinger quem abriu para mim as portas para os beatnicks como
Kerouac e Bukowski.
Lembro vagamente de "Ardil 22". Não do livro, mas do filme assistido na TV de madrugada junto com meu pai. Tive esse privilégio... ficava até altas horas vendo westerns, filmes de guerra e fazendo devorando o mexidão que meu pai fazia. Coisa que nenhum amigo da minha idade podia.
Com isso, só me resta dizer:
_ Pra cima com a viga, moçada!

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