segunda-feira, 20 de março de 2006

 

Saudade do meu pai

Putz qui pariuz! Que saudade do meu pai! Bateu de repente, sem aviso e sem porquê.

Talvez exista um porquê.

Talvez porque tenha falado com ele hoje no telefone. Rapidinho. Ele, como eu, não sabe falar ao telefone.

Talvez porque ao escrever um e-mail para o Sérgio Rodrigues, citei-o como grande amante da etimologia e me lembrei de nossos papos na mesa do Verde Gaio quase deserto. Os garçons todos ao redor, não por serventia, mas torcendo para os últimos clientes irem embora.

Talvez porque lendo Rubem Alves me lembrei o quanto ele gosta de "causos" e me lembrei de nossos encontros casuais com o
Olavo Romano durante os passeios na Rua da Bahia nos sábados.

Eu, como o "
Tiãozinho" do Olavo Romano, gostava de escutar "conversa de homem na farmácia do João Reis".

Meu pai mora perto. Não é a Antônio Carlos ou a Catalão que nos separam. Nem algum muro ou rusga psicológica. Acho que simplesmente a falta de hábito. Hábito de visitar, de pedir a benção, de dizer bom dia, de pedir conselho... de conversas amenas, que não combinam com a praticidade cotidiana.

Comments:
Rodrigo

levei um susto, achei q teu pai tinha morrido..e olha que nem conheço teu pai, mas é evidente pelo q li até aqui, q ele foi muito marcante na tua formação..então , vai lá, querbra esse hábito, pai e amor é bom ter perto e bem vivo!!!
se tu tem a sorte de ter os DOIS aproveita!!
beijo
 
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