segunda-feira, 9 de outubro de 2006
Juanito Caminador
"Caminante, no hay camino,
se hace camino al andar."
Antonio Machado
Mais um "hit" dos blogs, este trecho de poema faz parte do conjunto "Provérbios e Cantares" de Antonio Machado (1975-1939). Poeta modernista sevilhano que morreu de desgosto, como só um poeta de verdade pode fazê-lo, em Colliure (França) pouco antes do fim da Guerra Civil Espanhola.
Para não ficar apenas no básico, deixo aqui um outro poema que gosto muito:
Era um menino a sonhar
com um cavalo de cartão.
O menino abriu os olhos
e não vui o cavalinho.
Com um cavalinho branco
ele voltou a sonhar;
pelas crinas o prendia...
Assim não te escaparás!
Mal o conseguiu prender,
logo o menino acordou.
Tinha a sua mão fechada.
O cavalinho voou!
O menino ficou sério,
pensando não ser verdade
um cavalinho sonhado.
Já não voltou a sonhar.
E o menino fez-se moço
e o moço teve um amor,
e dizia à sua amada:
Tu és de verdade ou não?
Quando o moço se fez velho
pensava: Tudo é sonhar,
o cavalinho sonhado
e o cavalo de verdade.
E quando chegou a morte,
o velho ao seu coração
perguntava: Tu és sonho?
Quem saberá se acordou!
"Caminante, no hay camino,
se hace camino al andar."
Antonio Machado
Mais um "hit" dos blogs, este trecho de poema faz parte do conjunto "Provérbios e Cantares" de Antonio Machado (1975-1939). Poeta modernista sevilhano que morreu de desgosto, como só um poeta de verdade pode fazê-lo, em Colliure (França) pouco antes do fim da Guerra Civil Espanhola.
Para não ficar apenas no básico, deixo aqui um outro poema que gosto muito:
Era um menino a sonhar
com um cavalo de cartão.
O menino abriu os olhos
e não vui o cavalinho.
Com um cavalinho branco
ele voltou a sonhar;
pelas crinas o prendia...
Assim não te escaparás!
Mal o conseguiu prender,
logo o menino acordou.
Tinha a sua mão fechada.
O cavalinho voou!
O menino ficou sério,
pensando não ser verdade
um cavalinho sonhado.
Já não voltou a sonhar.
E o menino fez-se moço
e o moço teve um amor,
e dizia à sua amada:
Tu és de verdade ou não?
Quando o moço se fez velho
pensava: Tudo é sonhar,
o cavalinho sonhado
e o cavalo de verdade.
E quando chegou a morte,
o velho ao seu coração
perguntava: Tu és sonho?
Quem saberá se acordou!